Dr. Felipe Salles Neves Machado. Psiquiatra Infantil. Consulta psiquiatria. Atendimento psiquiátrico. São José dos Campos. SJC. Granja Vianna. Granja Viana. Cotia. Psiquiatra Adulto. Especialista em Psiquiatria
São Paulo
Granja Vianna
São José dos Campos

Fobia social
Fobia social é caracterizada por um temor acentuado e persistente a situações sociais ou de desempenho em que a pessoa se sente exposta a desconhecidos, ou a um possível escrutínio ou avaliação dos outros, por medo de resultar em embaraços. Entre os medos que se manifestam estão os de parecer ridículo ou tolo, de ser o centro das atenções, de cometer erros e de não saber o que se espera dela.
Na maioria das vezes, há evitação das situações ou desempenho em público; quando não há a evitação, a exposição a esses estímulos produz uma resposta imediata de ansiedade (que pode assumir a forma de um ataque de pânico situacional ou ser manifestada através de rubor facial, tremor e sudorese), mesmo a pessoa tendo consciência que esse medo é excessivo ou irracional. Pesquisas apontam que a fobia simples é a que apresenta maior co-morbidade entre os transtornos de ansiedade (37,6%), seguida de agorafobia (23,3%). Os transtornos do humor (41,4%) e o abuso de substâncias (39,6%) também se superpõem fortemente à fobia social. Como os ataques de pânico podem estar presentes na fobia social, outro diagnóstico diferencial importante é com o transtorno do pânico. Enquanto no transtorno de pânico o temor maior está relacionado a um problema físico, como ter um enfarte, derrame ou perder o controle e enlouquecer, na fobia social é o medo de ruborizar, tremer, suar e de ser avaliado negativamente pelas pessoas que estão presentes.
Dessa forma, o diagnóstico correto e precoce certamente pode prevenir a piora e a deterioração do quadro, com melhora na situação ocupacional do paciente, na qualidade de vida e nas co-morbidades (Magee et al., 1996, citados por Picon & Knijnik, 2004). Outros fatores que influenciam no prognóstico são o início precoce do transtorno, a demora em procurar atendimento, a presença de quadros co-mórbidos e o subtipo generalizado, o qual é menos responsivo ao tratamento e demanda uma abordagem terapêutica efetiva de maior duração e, por vezes, associadas.
O tratamento envolve o uso de medicamentos associados à psicoterapia individual. Diferentes classes de medicamentos tem mostrado bons resultados no tratamento da fobia social.
FONTE: Revista Brasileira de Psiquiatria - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000400015